Nos últimos anos, tem-se observado um significativo envelhecimento da população, o que demanda profissionais capacitados para promover o cuidado em saúde para essa população. A atenção domiciliar surge como uma opção para atender essas demandas, visto que permite que o cuidado seja prestado no próprio domicílio do paciente, o que pode garantir maior autonomia e qualidade de vida aos usuários.

A atenção domiciliar, no entanto, apresenta alguns desafios, especialmente quando falamos em questões relacionadas à prática do cuidado. O grande desafio para a atenção domiciliar é garantir a continuidade do cuidado, visto que, muitas vezes, a equipe de saúde é trocada e, por vezes, os profissionais não têm acesso ao prontuário do paciente. Além disso, a equipe de atenção domiciliar precisa estar preparada para atender demandas diversas, como curativos, aplicação de medicamentos, alimentação e locomoção do paciente.

Uma das apostas para enfrentar esses desafios é investir em tecnologia. A tecnologia permite que a equipe de saúde tenha acesso ao prontuário do paciente, mesmo que haja troca na equipe, o que garante maior continuidade do cuidado. Além disso, o uso de aplicativos e equipamentos eletrônicos pode facilitar o acompanhamento da evolução do paciente, bem como a comunicação entre os membros da equipe de saúde.

Outra aposta é a capacitação dos profissionais de saúde. É fundamental que os profissionais que atuam na atenção domiciliar tenham conhecimentos sólidos sobre cuidados em saúde, bem como habilidades para promover a autonomia dos pacientes. Ainda, é importante que a equipe de saúde esteja preparada para desenvolver uma relação de confiança com o paciente e seus familiares.

Por fim, é fundamental que os órgãos de saúde invistam em políticas públicas que promovam a atenção domiciliar, com a finalidade de garantir sua efetiva implementação. Essas políticas devem contemplar, por exemplo, investimentos em capacitação de profissionais, equipamentos e tecnologia.

Em resumo, a atenção domiciliar apresenta-se como uma alternativa viável e promissora para melhorar o cuidado em saúde na população idosa. No entanto, é necessário enfrentar diversos desafios para garantir sua efetiva implementação e sua consolidação como uma prática transformadora. O uso da tecnologia e a capacitação dos profissionais são algumas das apostas para superar esses desafios.